terça-feira, 10 de abril de 2012

O que antes tinha uma dimensão enorme, perde, nesse momento, completamente o sentido. Tenho certeza que o amor ainda existe, mas não me corrói por dentro, nem mesmo irrita a mente. Minhas metas de esquecimento são falhas, claro! Afinal, não é sempre que o amor te cega, tampouco é sempre que você esquece o "eu" e só abre espaço para o "nós", mas há transformação, ou melhor, há inversão de valores: o "nós" perde importância, o "eu" começa a soar melhor sozinho. Logo há percepção de que o amor ainda existe, não mas para o "nós", muito menos com o egoísmo exacerbado da paixão, mas em forma de lembranças, e, dessa maneira, pouco importa se é recíproco esse amor invertido, nem existem mais sintomas de relacionamento, causados pelo fervor de sentimentos doentís. Conselhos são vagos, mas a vida te encaminha e no final (mesmo que a dor pareça eterna), tudo se esclarece entre você e você.

domingo, 1 de abril de 2012

Sou fogo até no signo. Não gosto do morno, do quase. Tenho um desejo imenso pelo intenso, aliás, intensidade me define. Preciso de respostas rápidas, não tenho o costume de deixar as coisas pra depois, sou movida pelo agora, pelo impulso. Canso do fácil, do disponível, prefiro o inalcansável. Sou apegada pelo momento, nem sempre pelo objeto de amor, mas pela conquista, pela entrega, afinal, me dou por completo, não tenho o costume de me entregar aos poucos, já que o tenho um imenso apreço pelo inteiro.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Previsões ingratas andam me rondando. São como vozes gritando no meu ouvido, bem de perto, como avisos de cuidado. Minha vida vazia clama sensações, da minha pele escorrem vontades e eu, mais que nunca, visito um universo diferente de alguém aquém do que eu previa.
Angústia é o nome do que me sufoca, com uma mistura de desespero e esperança. O sentido que eu busco para minha vida não está onde eu procuro e, assim mesmo, insisto no mesmo problema. Minha voz rouca falha conforme minhas frustações e indignações. Meus olhos pegam fogo, mas mesmo assim procuram um nome de alguém que está na primeira das chamadas do meu celular. A raiva me corrói por dentro e mesmo assim, insisto.
Machuca essa minha vontade de ter o que não é meu. Enquanto percebo alguém se afastando essa minha atração por problemas aflora. Atingir o inalcançável é algo que me dá prazer, como a dor para os masoquistas.
Mesmo cansados, meus olhos me convencem de que o alvo é certo. Mesmo trêmulas, minhas mãos continuam a fazer o que eu evito. Minha mente, mesmo sã, gosta da enganação, acredita na mentira. A vaidade não me permite encarar o que é real, autoriza que eu me envolva. Logo eu, que vivo a base de morfina sentimental.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

É quando as mãos estão fechadas de raiva e o rosto com feições totalmente diferentes das imaginadas que se sabe o desespero sentido por coisas (quase) irrelevantes e o que se sente após uma jornada de “nãos”, “porquês” e “bla bla blas”! Preciso ouvir outras palavras, aquelas que soam “Ação Penal Incondicionada” ou algo do tipo, não escuto direito, mas ouço uma voz imaginária de alguém que acaba de me mandar um recado escrito, e não quero dividir essa angústia.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Hoje, mais que nunca, posso dizer que "ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar". Meu corpo está sensível, assim, consigo perceber mais as coisas e o que elas representam pra mim. Pouca coisa faz sentido, pouca gente sabe o que falar, pouquíssimos sentimentos restaram e, principalmente, pouco se sabe sobre minha vida e o rumo que ela levou. Me surpreende o fato de como as coisas, as pessoas, os sentimentos e, principalmente, as lembranças perderam, tão rapidamente, a importância que tinham.
Nem palavras fazem mais sentido, desse modo, vou me despedindo por aqui.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu mal consigo respirar. Os dias que passaram são esquecidos depois de uma única visão.
Não consigo parar de pensar no que o tempo não conseguiu apagar. Histórias vividas são como fantasmas, circulam por aí, mas, quando menos se espera, ressurgem e roubam sua paz. Paz que você achou existir. Eu quero a minha vida, quero o meu passado, quero o que eu já tive, o que eu já fui. Preciso da minha vida, preciso do meu futuro, preciso do que eu vou ter, do que eu vou ser.
Preciso respirar.
Clara Solano

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CENA 13
Ele a abraçava, como se quisesse que ela entrasse em seus sentimentos. Queria que ela fizesse parte deseu corpo, e a olhava como se quisesse fotografar aquele momento com os olhos e vivê-lo pelo resto de sua vida.
Nem parecia que era só uma relação sexual, para ele era mais uma prova de que Sarah o pertenceria para sempre.
Clara Solano
Não entendo como as coisas ainda não fazem o mínimo sentido. Não consigo me moldar. Me disseram que o tempo curaria, mas me sinto como se tivesse passado não mais que uma semana. É impressionante, não estou presa a uma pessoa, é mais a uma lembrança, a uma época.
As pessoas que me cercam, os dias que correm, os momentos que passam, e essa vida que insiste em não fazer sentido.
Me canso de escrever. O que deveria me aliviar, ser um desabafo, faz com que, mesmo evitando, essas tolas idéias voltem a minha cabeça.
Então, por aqui me despeço.
Clara Solano

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ontem eu vi uma única estrela no céu. Na hora me lembrei que tinha direito a um desejo.
Meus maiores desejos vieram a cabeça, mas na hora que pensava em pedí-los, não tinha certeza se os queria mais.
Percebi, naquela instante, que o que outrora eu considerava ter valor inestimável, hoje não significa tanta coisa. Que os pedidos desesperados a Deus, ou a qualquer força maior, não faziam mais tanto sentido. Que o coração apertado não trazia mais desespero, e sim uma leve sensação de perda, mas não perda do objeto de grande valor, e sim a perda das emoções que remetiam a esse objeto, hoje obsoleto.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estranho como as voltas que o mundo dá trazem de volta inesperadas sensações.
Parece doença, chega e aumenta a temperatura do corpo, acelera os batimentos e faz suar frio.
E os arrepios que certas sensações provocam te remetem ao paraíso. Mas a realidade vem e te puxa pelas pernas, pra lembrar sempre o papel racional que exerce e que o tempo de sonhar passou, porque agora vem a parte mais difícil, mas mais prazerosa: a de viver.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

- E qual é o nome?
- Nome?
- Disso que você diz sentir. Parece meio confuso.
- A incerteza faz parte da minha essência, e acho que não consigo nomear.
- E como você sabe que sente?
- Por algum motivo que, alheio a minha compreensão, insiste em vendar meus olhos e prender minha respiração.
- É, e por esses momentos de tirar o fôlego, fumo um cigarro e tomo um whisky.
- Já eu, por momentos assim, prefiro a lucidez. Ela permite que eu sinta, da minha forma, cada bater ligeiro e apertado, combinado com o suar das mãos que tocam o corpo na tentativa, frustrada, de acalmá-lo.
- Vou fumar o cigarro, quem sabe assim perco a vontade do whisky.
[...]

- Com licença. Te chamam na sala, Bernardo. Diga a sua amiga para ir até varanda, porque lá a esperam e deixe-me arrumar o quarto.

Clara Solano

segunda-feira, 28 de junho de 2010

E tudo parece de tinta: quando suas lágrimas escorrem mais densas, quando os dedos anestesiados tocam a pele que um dia pertenceu-te e não a reconhece mais, quando o coração fica preso na garganta e os órgãos internos parecem ser dilacerados, quando percebe-se o estrago feito, as noites sem dormir, os travesseiros molhados, a cama gelada, os beijos sem gosto, o toque sem textura, e o olhar sem tonalidades. As mãos inseguras pretendem apanhar o que está em pedaços espalhados pelo chão. E a dor que eu sinto são os cacos: Os grandes conseguimos recolher e jogar pela janela, mas os pequenos vão ficar, e, até que o vento os leve, restará um suspiro de fraqueza. E é por isso que rezo por um vendaval.
Clara Solano

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E nesse frio de congelar os ossos meus olhos não pesam, o sono finge que bate, mas é só cansaço, desgaste da alma. A madrugada me domina completamente.
Enquanto a TV fica ligada em qualquer canal, só pra distrair meus olhos em uma confusão de cores e luz, os pensamentos acumulam em minha mente e a machucam de tão intensos. O meu corpo pede para parar, e meus sentimentos viajam, como se não soubessem a quem devem pertencer.
Já nem sei se devo renascer. O pouco me convém, o muito me distrai e o tudo não me pertence mais.
Clara Solano

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Nós mesmos, quando nos tornamos obsoletos pra alguém, acabamos nos tornando símbolos do passado." (Sander Ventura)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

- Vocês terminaram?
- Fiquei um mês e meio imaginando que fosse um tempo, um mês e meio sem sentir dor.
- E quem disse que não é um tempo?
- a vida, as lágrimas, o tremer das mãos, e, enfim, o acalmar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Não agir com displicência, não é agir pouco, mas agir bem!
Não quero o que seria, de fato, lindo, como algo sem brilho, nem cor, nem cheiro.
Quero mais que o agir, quero algo que tenha o brilho tão forte quanto o brilho dos olhos, fazendo com que as cores sejam tão intensas e radiantes que o olfato seja capaz de perceber.
Aí sim, vou ser capaz de agir sem medo, mas sei que nem agir vai ser preciso.
Clara Solano

terça-feira, 13 de abril de 2010

De repente me pego lembrando do que parecia ter escorrido entre meus dedos.
As palavras fogem enquanto penso em algumas possibilidades de falar.
O amargo vai se tornando doce e finalmente me pego pensando em nada.
O pensamento que outrora se ocupava tanto de tão pouco, simplesmente resolveu escapar de minhas mãos como algo livre, talvez um pássaro. Imagino que seja mesmo o que estava procurando... o nada.
Clara Solano
Siga teus passos; viva sua vida.
Pense no que faz e no que fez.
Olhe para o teu lado e ame quem lá estiver, porque quem realmente foi indispensável, quem realmente for teu (em qualquer âmbito), estará lá até mesmo quando você não desejar, quando sentir raiva e até mesmo gritar.
Não se arrependa do que fez, o que passou, passou.
Mas use as tuas experiências passadas para que não cometa os mesmos erros posteriormente.
Permita-se sentir sensações diversas.
E lembre-se quando for preciso: a vida é muito mais do que você imagina.
Não se trata de ver a vida com outros olhos. Se trata de abrir os olhos para o que a vida realmente é.
Clara Solano

quarta-feira, 7 de abril de 2010


Eu sei, sei que a felicidade está por todos os lados, ela me rodeia, eu sei que sim.
Eu quero procurá-la, quero a encontrar e abraçá-la!
Clara Solano

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu te amo
Ton Jobim/ Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

... Percebi que não queria só ficar observando o movimento dos seus lábios, queria ouvir cada palavra que ele tinha a dizer!
Clara Solano

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Era uma vez, em um reino muito, muito distante, uma garota doce, meiga... Uma garota que realmente valia a pena! Essa garota amava demais... amava muito os amigos, se apaixonava... vivia intensamente todos os minutos!
Certa vez, em um lindo dia ensolarado, essa garotinha conheceu o príncipe encantado, que lhe mostrou coisas novas, coisas mágicas... ensinou para a garotinha o que era o amor verdadeiro, e ela esperava, como toda princesinha, um “FELIZ PARA SEMPRE”... só que ela não era uma PRINCESINHA!! Era só mais uma plebéia, e plebéias não vivem um feliz para sempre!!! Como o príncipe nunca poderia se casar com uma pobre plebéia, ele a abandonou, e foi procurar uma princesa, porque a pobre garotinha não servia para ele!
A garotinha viu o seu mundo maravilhoso desabar... ela não acordava mais em um lindo dia ensolarado, acordava em dias escuros terríveis, com frio, e triste! Por azar dela, em um desses dias, ela encontrou uma feiticeira, que a explicou que a vida não valia a pena, que ela tinha que ser sua discípula, assim, todos os problemas dela seriam resolvidos! A pobre garotinha, desiludida, aceitou as condições da feiticeira, e começou a praticar feitiços e mágicas, ela não era mais uma garotinha meiga que amava demais, agora ela era má, e adorava isso... porque na cabeça dela, todo mundo tinha que pagar por seu sofrimento, que assim como ela, todos deveriam ser infelizes, assim, fez com que milhares de pessoas fossem infelizes, com o seu olhar de ódio e desprezo! Como era de se esperar, quando a feiticeira não precisava mais dos serviços da garotinha, ela a descartou, e, no lugar de aliviá-la da dor que havia passado, fez com que o coração dela se enchesse cada vez mais de dor e tristeza!
A garotinha se pôs a chorar, mas logo isso iria passar, porque, no mesmo dia, surgiu uma linda fada azul, que lhe ensinou o valor de uma verdadeira amizade. A garotinha não era a mesma, claro... mas ela voltou a amar! Não os amores convencionais de homem para mulher, mas aquele amor em forma de amizade... a garotinha e a fada azul foram felizes por muito tempo, elas eram inseparáveis, como o pão e a manteiga! Elas faziam tudo juntas!
Um belo dia, a fada azul encontrou a mágica da vida dela, e ela percebeu que não era a amizade da garotinha que lhe importava, e sim a magia do amor verdadeiro, então ela fugiu com o seu amor verdadeiro, saiu da vida da garotinha sem dar satisfações. E a garotinha não entendeu mais nada! Ela não chorava mais, não amava mais!
A garotinha finalmente percebeu que a única pessoa que a ama de verdade era ela mesma, percebeu esses seres são muito instáveis, e que ela não podia se entregar de nenhuma forma a amores, seja amizade ou paixão, pessoas vem e saem da sua vida com muita facilidade, assim ela começou a se amar cada dia mais, e isso fez dela uma pessoa forte, corajosa!
Hoje em dia surgem príncipes, feiticeiras e fadas na vida da garotinha, mas agora ela sabe até onde ela pode oferecer amor, porque como ela está lidando com seres instáveis, ela não sabe até onde eles podem chegar, porque esses “seres” são como ela... de carne, osso e CORAÇÃO, e, assim como ela foi infeliz, ela também tinha feito alguns outros seres passarem por dores insuportáveis, pois o amor que ela tanto esperava foi oferecido a ela, mas ela não tinha percebido, assim como os que ela tanto condena, também não perceberam todo o amor que a garotinha lhes proporcionou... e essa é a vida, as vezes a gente é feliz e as vezes a gente é infeliz... as vezes alguém nos machuca, e outras vezes machucamos alguém... Hoje em dia ela está a espera de seu príncipe encantado de verdade, ou melhor, do seu PLEBEU encantado... sem muita magia, ou melhor, sem magia nenhuma... assim a garotinha conseguiu o seu FELIZ PARA SEMPRE, mesmo que o pra sempre não exista!
FIM
Clara Solano

domingo, 5 de outubro de 2008

Finda-se eterno (?)
Você... por mim!
No início, tudo... no final, nada!
Sentimentos intensos, daquele tipo que queima por dentro, que domina, que afoga!
A respiração vai ficando fraca, mãos suadas, coração desparado...
Vem, enfim, a decepção... dias de desespero, mágoas, e morte, morte de espírito, morte da alegria... naquele momento é como se tudo o que considerava vida, tivesse morrido... Nada mais faz sentido, NADA.
E se vão dias e mais dias de luto pela morte da sua própria vida.
Enfim me permito, ou melhor, permito meu sentimento a procurar uma nova fonte de vida... alguma coisa para deixá-lo mais calmo, mais seguro.
e as paixões surgem, fervem, explodem... e no final, percebemos que são sentimentos, ações, beijos, abraços como os seus que procuro... e tudo aquilo que foi deixado de lado, volta... ressuscita!
Não são pensamentos condicionados, certas coisas só se sente.
Sentir isso é bom e ruim ao mesmo tempo...
Mas os momentos em que me pego sofrendo, são tão intensos, que apagam tudo de bom que poderia vir a sentir...
O que é bom, não passa de pensamentos efêmeros... passam em um piscar de olhos... e logo me vem coisas ruins na cabeça...
Mas quando paro pra pensar vejo que eu não amo uma pessoa! Não, não é uma pessoa...
Amo apenas um personagem que criei... e que insisto em deixar vivo dentro de mim...
Sei que quando quiser que o teatro acabe, basta ordenar...
"BASTA, CHEGA, CANSEI, PÁRA!"
Mas quem disse que quero que acabe?
Sou movida a isso... esse é o sentimento que ainda me mantém, minha fonte de vida...
Clara Solano

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Soneto da Separação - Vinícius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente do vento fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
E da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ah! Não me importo com o que venha a sentir mais tarde.
Agora minhas emoções estão à flor da pele.
Nenhum motivo para sorrisos, nenhum motivo para felicidade, nada!
Tudo o que eu sinto é aquele desejo humano de vingança.
Aquela raiva que te corroe por dentro, mas você não pode expressá-lo!
Aquela maldita vontade de sumir desse mundo!
Nenhuma verdade me agrada, nenhum motivo me faz ficar melhor.
Agora tenho aquela vontade louca de subir pelas paredes e gritar!
Só não quero que esse ódio que estou sentindo aqui dentro, não interfira em todo amor que sinto, nem diminua esse ardor da paixão.
Pois por mais arrepios que eu sinta em forma de ódio, a paixão vem e me acalma
Clara Solano

quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Nenhuma sabedoria, nenhuma explicação, nenhuma maturidade intelectual nos livra do sofrimento provocando pela ruptura de um vínculo amoroso. Pois o que dói não é só a perda do objeto de amor: lamentamos o aborto de um projeto, a renúncia de um sonho. Choramos, acima de tudo, a dor da ferida narcisista, o espelho partido, que já não nos devolve a imagem como gostamos de nos ver refletidos. Não agüentamos sentir a indiferença instalada no olhar do parceiro - que antes confirmava o afeto, reafirmando a Vida, e agora congela a distância, condenando à Morte!"

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tédio

É engraçado olhar pro lado todos os dias e pensar o quanto você se deprime por assuntos totalmente fúteis. Falamos como se tivéssemos problemas insolucionáveis, quando na verdade tudo o que temos são raivinhas banais! Nunca olhamos pro lado, nunca vemos os problemas dos outros, sempre achamos que nossos problemas ultrapassam qualquer outro no aspecto intensidade. Façamos, então, uma auto-crítica. Será que agradamos a todos em nossa volta? Será que não causamos tristeza em outras pessoas, seres humanos, carne, osso e sentimentos iguais aos nossos?! Deixemos nosso egoísmo de lado, será que temos mesmo motivos pra depressão?
Clara Solano






Pensamentos

Os pensamentos correm na minha cabeça, e junto deles aquela vontade de jogar tudo pro lado e viver intensamente cada minuto, como se não fosse arcar com nenhuma consequência. Vivo pensando, e pensamentos vem e vão como jatos na minha cabeça. Penso em tudo, como seria se fosse diferente, o que aconteceria se eu não tivesse feito, o que as pessoas pensariam se eu falasse isso ou aquilo, tudo corre ao mesmo tempo. Queria só parar de pensar nessas coisas e viver a vida como ela está agora, sem mudar nada, como se não houvesse nenhum sentimento envolvido.

Clara Solano



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